terça-feira, 9 de maio de 2023

Uma gasosa para desenxugar!

 Recordando o "Zé do Moinho":

Uma gasosa para desenxugar!

 

Hoje eu vim ao Café porque parece que é um sítio onde a gente pode matutar nas coisas e onde se pode falar dessas mesmas coisas.

Eu e mais a minha senhora temos sido sãos e sem maleitas e por mor disso não temos incomodado o senhor doutor médico de família. Mas a gente vai para a idade e pela mudança da mesma, a minha senhora teve que ir ao Centro de Saúde de Sintra.

Ficámos a saber que já não temos direito a médico de família! Eu já nem sei se tenho direito a ter família quanto mais a médico. E soube mais, que eu e mais a minha senhora fomos expurgados lá do sistema…

E eu que não percebo nada de futebóis! Agora expurgar, é o que eu faço, às vezes lá no moinho, para que o gorgulho não me dê cabo do trigo nem do centeio.

A senhora doutora lá do Centro até disse à minha senhora que ela não contribui nada para a sociedade (eu sempre lhe disse que ela devia ser sócia) e por isso até nem devia ter direito a ser utente. E eu até disse mais:

Se não és utente não tens nada que estar doente!” – Vossemecês não acham que eu disse bem?
Ao vosso dispor.
Zé do Moinho
…se não há parrameiros, pode ser uma queijadita e uma gasosa para desenxugar!

Nota da menina da Junta: Mesmo que pensem que o Zé do Moinho é personagem de ficção, mas os factos, garanto que são reais! 

 José do Nascimento

Terça-Feira, 27 de Junho de 2006

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Há quarenta anos atrás...

Há quarenta anos atrás... (25 de Janeiro de 2008)

Para os Diamantes, no seu quarto ano de fundação, a fasquia tinha subido bem alto e os resultados não se fizeram esperar.

A final do "I Concurso Académico de Música" no cinema Império, em 1968 ficou marcada como uma vitória do conjunto de Sintra apesar do 2.º lugar.

Os vencedores, os "Psico" do Porto, já eram uma banda profissional que tinham mudado de nome (eram os Espaciais, que alcançaram uma má classificação no Yé-Yé do Monumental).

Fica para a história esta formação que se apresentava em palco de casaca florida, "À la Beatle", demonstrando maturidade e evolução técnica para a altura.

No 44.º Aniversário não podemos deixar de prestar homenagem, mais uma vez, a todos aqueles que passaram pelos Diamantes Negros.

Para recordar:

Diamantes Negros - 1968
Carlos Henriques (Xixó) - viola solo, teclas e voz
Luís Manuel - viola baixo e voz
Carlos Branco (Camena) - Viola ritmo e voz
Francisco Martins - Voz principal
José Raimundo (Charlie) - bateria


Comentários:

... boa continuação...


Não é um comentário, é só um voto de parabéns e de "boa continuação", como talvez dissesse o nosso especial amigo Zé do Moinho.

Realmente eu só vos acompanhei durante dois anos por isso pouco poderei fazer comentários profundos e sérios, mas gosto de pensar que estive convosco desde antes do dia de hoje há 44 anos atrás e que, durante esse pouco tempo em que vos acompanhei, fizeram parte da minha vida de "teenager inconssssiente" proporcionando-me a mim e a outros e outras como eu muitos momentos loucos e belos e inesquecíveis.

Bem hajam, meus queridos, e continuem com essa juventude toda.
graça

QUANTO MAIS ANOS PASSAM MAIOR É A SAUDADE

Meu caro Zé, por esta hora (são três da tarde), estávamos nós na Sociedade a ver sons, luzes, se o pano funcionava, aquilo, era uma azáfama, não só nós mas também os nossos amigos todos, onde tu te incluías, e até foste um MECENAS, de ocasião para pôr o barco a andar.

Para a Sociedade, coitada já há muito tempo a precisar de ideias e gente nova, caiu-lhe ali no colo aquela botija de oxigénio, que perdurou ainda muitos anos até acabar o Teatro que foi a continuação desta aventura que se iniciou em 25 de Janeiro de 1964.

Já são 44 anos, ainda o ano passado no Jantar comemorativo ao recordar tudo, rolaram umas lágrimas que há medida que o tempo passa me custam muito mais a controlar. São os efeitos do PDI, ou então o "Alemão" já anda por aí a fazer das dele.

Só para quem nos lê, dizer mais uma vez, que o nosso Zé Nascimento que na Escola Académica de Sintra, estava dispensado do Canto Coral por falta de ouvido, ficou com essa fama mas podia ter sido músico.

Porque ouvido para a música é uma coisa que nem todos têm, mas inteligência e capacidade de aprender também não é servida para todos em doses iguais.

Eu posso gabar-me de ter um ouvido que me ajudou muito ao longo dos anos de músico, mas fui sempre um mau aluno de solfejo e teoria da música.

O Zé Nascimento pôs na cabeça em determinada altura da sua vida que ia aprender música e aprendeu tudo num instante, solfejo, teoria, e ainda deu uns passos como clarinetista.
Parabéns a todos os DIAMANTES NEGROS
Caínhas

Maturidade e evolução técnica.

Estas mesmas caracteristicas, MATURIDADE E EVOLUÇÃO TÉCNICA, já as demonstravam os Diamantes Negros em 1968 que, segundo o texto de abertura da "bica" hoje do Café de S. Pedro, se apresentavam de casaca florida "à lá Beatle"...

Como já o disse uma vez, para mim a "colcheia é a mulher do colchão" logo, musicalmente sou um zero à esquerda, a minha opinião de "nada vale" mas atrevo-me a afirmar que me prendia mais pela música que os Diamantes tocavam que as casacas que vestiam, parece que não é essa a opinião do autor do texto referido que realça mais a vertente "fashion" que os dotes musicais do grupo, e quem sou eu para contrariar tão douta opinião!

Não sei o que está hoje mais "in" em termos musicais, se uma camisa às flores, se umas calças bem estreitas, se casaco às riscas, se... Assim que souber, passo pela primeira "boutique" que encontrar e não faltaram as exclamações:

" - O Zé, é um músico do caraças!"
Por agora fico-me com um cafézinho e com a minha falta de talento musical!
Inté!