No passado dia 25 reunimos mais uma vez a família mais chegada para comemorar a data. Infelizmente não pudemos contar com a presença do Xixó e da Lena por motivos particulares. Um almoço com músicos e amigos que proporcionou um franco convívio pela tarde fora. Aqui ficam algumas fotos para memória futura.
Para o ano que vem vamos finalmente entrar nos Anos 60! Até lá e haja saúde!
No 59.º Aniversário da fundação dos Diamantes Negros um texto do Caínhas em 2010.
25 De Janeiro 1964, tão longe e tão perto das nossas memórias...
Quando alguma coisa, ou pessoa nasce, ou iniciou qualquer actividade, o primeiro dia é sempre lembrado e quiçá alvo de comemoração. Os Diamantes Negros sempre o fizeram, umas vezes mais outras menos pomposas, mas sempre a dignidade foi presença assídua.
25 De Janeiro 1964, tão longe e tão perto das nossas memórias, éramos tão novinhos, tão ingénuos e tão puros. As pessoas gostaram de nós e idolatraram-nos como se de um concerto dos melhores se tratasse. Pois são essas memórias e outras que anualmente recordamos a 25 de Janeiro, com os nossos amigos e amigas, que sempre nos acarinharam e hoje bem de cima dos nossos “sessentas” e mais alguns anos, voltamos a esse dia mágico que fez mudar as nossas vidas.
25 de Janeiro já passou há uns dias, ainda não nos tínhamos debruçado sobre a feitura de umas linhas do mesmo que foi comemorado como não podia deixar de ser. Fez-se um jantar de aniversário que teve um único organizador o nosso amigo Zé Branco Nascimento, que como lá disse o Heitor para nós sempre foi o Zé Branco e com a idade passou a Nascimento. Este Heitor para quem o conhece e conheceu como nós, está sempre a ser surpreendido com as suas imprevisíveis graçolas, como o foi a determinada altura em que o Zé fez uma alusão, como sempre divinamente bem escrita sobre os anos sessenta, culminado com um poema lido pelo Vítor Ricardo sobre o Baile da Sociedade, sem dúvida o momento mais alto da noite. Mas antes de chegar ao poema o Zé falou sobre os anos sessenta, sobretudo os acontecimentos que se passaram neste rectângulo que é o nosso país, e outros que não passaram para além das fronteiras do nosso concelho, e ao falar do abalo sísmico de final dos anos 60, do fogo na Serra de Sintra em 66 e das cheias em 67, de imediato o Heitor atalhou que andava tudo trocado, se a chuva tivesse vindo no dia do fogo nada disso tinha acontecido!
Não fiz na altura o devido agradecimento, nem ele estava à espera disso, mas teria ficado bem um agradecimento público pelo trabalho efectuado para a realização do jantar, onde ninguém meteu nem prego nem estopa, sendo tudo obra do Zé, desde os contactos, aos pormenores da ementa e realização do evento. Embora o Zé esteja sempre a barafustar com os Diamantes, que assim e assado, nunca nos faltou com a sua colaboração e eficácia, e continuamos a contar com ela, e com ele, esperamos por muitos e bons anos. Obrigado Zé. Estivemos reunidos 25 ou 26 amigos, quase todos os ex-elementos que representaram musicalmente os Diamantes compareceram, excepção ao Luís Cardoso e ao Jaime Pereira, que foram para o Canadá como há muito estava previsto, é claro que são presenças que nunca se substituem mas o acontecimento tinha que ser assinalado, mesmo assim tudo foi feito para que através de vídeo-conferência eles participassem, mas a propagação não ajudou, mesmo assim conseguimos ouvi-los, vê-los só numa esporádica imagem estática. Foi um convívio onde a música não marcou presença, apenas e só conversa franca, e foi muito bom.
De assinalar que cada vez mais as senhoras vêm marcando presença nestes aniversários e jantares dos Diamantes, onde antigamente e à boa maneira latina nada de mulheres, neste jantar eram sete ou oito, fizeram questão de se separar dos homens, e era vê-las e ouvi-las, não passaram despercebidas embora em minoria.
Como o tempo voa daqui a um bocadinho estará aí o quadragésimo sétimo ano depois de 25 de Janeiro de 1964, esperemos que a saúde de todos nos permita comparecer mais uma vez.
Os Diamantes Negros ao longo da sua História sempre gostaram de registar os seus progressos. A pérola de hoje remonta a 1967 quando decidiram gravar muitas das suas músicas.
Passados todos estes anos vale a pena relembrar as cenas vividas mas melhor que qualquer outro meio será pôr os protagonistas a contar os detalhes. Ora vejamos numa troca de e-mails os pormenores:
Caínhas:
Gravado na Sociedade,
no palco com o velho pano de cena, fechado. Num gravador Grundig de 4
pistas.
A
formação; - Caínhas, Luís, Henrique, Carlinhos, e Xixó.
Neste
dia gravámos uma série delas, entre as quais o Lady Jane- Rolling
Stones, cantada pelo Henrique.
Camena
Era
um daqueles gravadores com bobines grandes, certo?
Eu
tenho uma vaga ideia de assistir a qualquer coisa do género em que o
gravador estava no meio da sala da S.U.S.
Xixó
Olá
a Todos,
Ora
bem : por existirem algumas dúvidas e incorrecções, aqui vai um
esclarecimento 'técnico'.
1
- O gravador era um gravador normal, equipado com bobines de 18cm, 7
polegadas da marca BASF !!
2
- O técnico, era um craque de Cascais (creio que também fez alguns
trabalhos aos Fliers...).
3
- As gravações foram feitas na Sociedade na sala junto ao palco.
-De
costas para o palco : Xixó, Henrique Max e Cainhas
-
De frente para o palco : Carlinhos do Saxofone e Luis Manuel (para
ver os tons dos guitarristas !!!!!).
4
- Foram gravados 15 temas, dos quais 3 solados.
5
- As gravações começaram às 16 horas e acabaram às 19:15. (Obs.:
os Beatles demoraram 10 horas para gravar 13 !!)
6
- As cópias das gravações, de minha propriedade .... desapareceram
apesar de suspeitar onde elas estejam !!!
Esclarecidos
??
Caínhas:
Xixó
querido Líder
As
gravações, tens a certeza que foram feitas no teu gravador BASF, DE
APENAS DUAS PISTAS ?
Já
não digo nada, és capaz de ter razão, porque foi das tuas bobines
que saíram as cópias, portanto deves ter razão, mas como o teu
gravador era um bocado manhoso, fiquei na dúvida que tivesse feito
um trabalho tão bom! AH AH AH. desculpa lá estou a brincar.
Gravamos
também aquela dos SHADOWS, que nós alcunhámos do mijão, em que às
tantas tu tocavas com uma lâmpada, mais esta que mandaste dos
Beach Boys - Sloop John B, aquela solada pelo Sax These Boots
Are Made for Walkin, The moore I see you, cantada por ti, Lady Jane,
Rolling Stones, cantada pelo Henrique, e esta dos Troggs, - With A
Girl Like You,
Aqui está um registo do acontecimento:
Jaime Pereira
domingo, 5 de abril de 2020
Amigos / Amigas..
Vale a pena recordar o que foi projectado no palco do Centro Cultural Olga Cadaval em Maio de 2014 aquando dos 50 anos do Diamantes Negros, trabalho superior feito e apresentado Pelo Carlos Nascimento...